11 fevereiro, 2006

blue


Gostava de escrever algo bonito. Algo que valesse a pena ler. Algo que te fizesse voar, levasse às nuvens e não te deixasse cair. Quero que as minhas palavras te dêem asas, um sorriso e uma pena branca na alma que te faça cócegas que te façam rir!
No meu mundo de fantasia, para onde fujo constantemente, o céu é mais azul que brilhantes, mais azul que os teus olhos, gostava de te levar lá. Gostava que visses a beleza que há na minha mente, e que os meus olhos , demasiado cansados e torturados, não deixam ver. O meu toque não deixa sentir e as minhas palavras não chegam parar descrever. No entanto não quero que faças parte das minhas quimeras. Quero que faças parte da realidade. Não da escrita nem da mente, mas da respiração, do batimento e da pulsação. Dos beijos e dos abraços que são sentidos e não sonhados.
Mas no entanto, tu afastas-te. E eu nunca sei porquê! Não te deixas tocar demasiado, não deixas afagar o teu cabelo preto como a noite, com o qual eu tanto sonho. Então eu voou com as minhas metáforas, deliro com os teus pensamentos, e subcarrego-me com emoções que nem eu própria sei sentir
Suspiro, tristemente, e vou passear. Vou inspeccionar o mundo real onde pareces viver, em que as cores não são tão belas, tão ofuscantes ou sequer tão fascinantes como a minha alma aclama, perdida em encantos imaginários. Não percebo como consegues viver sempre aqui, mas este mundo dá-me a sensação de perceber porque te abstrais do meu carinho, porque foges da minha realidade que não é nada mais que uma concepção de espirito mal formada. Devias vir ao mundo. Eu tentava ensinar-te os seus fascínios, ensinava-te a te deixares ser mimado, ate deixares amar. Perde-te comigo e deixa-te estar. Não perguntes pelas horas. Estravai-te loucamente embrulhado em mim, enrola-te nos momentos amenos calmamente, não peças ao teu mundo para voltar. Acredita em mim! Sonha comigo e perdoa-te +por isso. Pois, preciso que te incluas no meu mundo, pode ser sombrio, mas tem a sua formosura , ao achas?
Penso sobre isso...começa a chover. Eu bebo a chuva com a sede que acabei de inventar. Imploro por uma resposta e os teus olhos que iluminam o dia, dizem que sim!

Obrigado pela companhia!